Projeto de egressas do mestrado em Neuroengenharia do ISD é selecionado em edital para áreas estratégicas de desenvolvimento científico nacional do CNPq

Publicado em 7 de março de 2022

Ao se mudar para o Rio Grande do Norte no ano de 2019 para iniciar o mestrado em Neuroengenharia do Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba, as gêmeas sergipanas Tâmara e Tássia Gonçalves tinham um objetivo em comum: levar à população, fosse por meio do mercado ou da indústria, os conhecimentos adquiridos através de suas pesquisas científicas nas áreas de neurociência e reabilitação. Foi durante o mestrado que as biomédicas, hoje com 31 anos, tiveram contato com as tecnologias de realidade virtual aplicadas ao tratamento de pacientes paraplégicos e tetraplégicos, criaram sua primeira empresa, e foram selecionadas para o programa Centelha de aceleração de startups.

 

Três anos depois, o sonho das irmãs de contribuir para a valorização da profissão de cientista pelo mercado não mudou, e ganhou contornos mais sólidos. Em março de 2022, Tâmara e Tássia receberam a notícia de que foram selecionadas na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para o Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE). O programa visa apoiar projetos que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico, inovação e empreendedorismo no Brasil por meio da inserção de pesquisadores em empresas inovadoras e startups, em áreas de tecnologia prioritárias estabelecidas pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCTI).

 

Com o edital, as gêmeas receberão R$ 200 mil, que serão investidos em bolsas de pesquisa e outros custos necessários para desenvolver seu mais novo projeto, que alia as tecnologias de realidade virtual, educação e saúde. “Queremos desenvolver simuladores nos quais toda equipe de profissionais da área de saúde possa treinar técnicas que, às vezes, não puderam ser aprendidas durante a faculdade, por exemplo. Isso foi algo que nós sentimos durante nossa graduação, quando não havia laboratório de biologia molecular para treinar técnicas de DNA, ou quando faltavam alguns reagentes que eram muito caros”, relata Tâmara. “Eu, por exemplo, queria estudar mais a área de perícia criminal algum tempo atrás, mas isso não existia onde eu fazia meu curso”, completa.

 

A ideia, no entanto, é ampliar o uso da realidade virtual para diversas áreas, que ultrapassam a educação e treinamento de equipes de saúde. “Mais à frente, o projeto dando certo, o que a gente quer é utilizá-lo não apenas para o treinamento de equipes médicas, mas também para a reabilitação de pessoas”, destaca a biomédica. Atualmente, elas já estão desenvolvendo um simulador para o tratamento de algumas fobias, como o medo de altura, alguns insetos e aviões. “São planos para o futuro, mas que são possíveis de sonhar com a vastidão de usos que podemos dar à essas tecnologias”.

 

A empresa ficará incubada na Universidade Tiradentes, em Aracaju, no Tiradentes Innovation Center, e o projeto será desenvolvido em parceria com o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), uma das unidades do ISD em Macaíba, onde o gerente da unidade, Edgard Morya, será o estimulador do projeto. “O trabalho delas revela as várias possibilidades de caminho que os pesquisadores e cientistas podem seguir. Elas adquiriram o conhecimento, desenvolveram projetos e estão levando para a sociedade, e o impacto disso é muito positivo para a ciência brasileira. É importante que mais projetos possam ser estimulados para que essas ideias se multipliquem e atinjam cada vez mais pessoas”, afirma Morya.

 

“Hoje em dia, a profissão de cientista é fundamental e precisa ser mais valorizada pela sociedade e pelo mercado. Uma das coisas que eu e minha irmã falamos ao entrar no mestrado para nosso orientador é que nós gostávamos muito de Neuroengenharia, mas não queríamos sair daqui apenas com um artigo publicado. Queríamos sair com uma empresa para poder fomentar cada vez mais esse ecossistema de geração de conhecimento e ampliação do alcance dessas informações e tecnologias”, completa Tâmara.

Texto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

Foto: Cedida

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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Projeto de egressas do mestrado em Neuroengenharia do ISD é selecionado em edital para áreas estratégicas de desenvolvimento científico nacional do CNPq

Ao se mudar para o Rio Grande do Norte no ano de 2019 para iniciar o mestrado em Neuroengenharia do Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba, as gêmeas sergipanas Tâmara e Tássia Gonçalves tinham um objetivo em comum: levar à população, fosse por meio do mercado ou da indústria, os conhecimentos adquiridos através de suas pesquisas científicas nas áreas de neurociência e reabilitação. Foi durante o mestrado que as biomédicas, hoje com 31 anos, tiveram contato com as tecnologias de realidade virtual aplicadas ao tratamento de pacientes paraplégicos e tetraplégicos, criaram sua primeira empresa, e foram selecionadas para o programa Centelha de aceleração de startups.

 

Três anos depois, o sonho das irmãs de contribuir para a valorização da profissão de cientista pelo mercado não mudou, e ganhou contornos mais sólidos. Em março de 2022, Tâmara e Tássia receberam a notícia de que foram selecionadas na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para o Programa de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE). O programa visa apoiar projetos que contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico, inovação e empreendedorismo no Brasil por meio da inserção de pesquisadores em empresas inovadoras e startups, em áreas de tecnologia prioritárias estabelecidas pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCTI).

 

Com o edital, as gêmeas receberão R$ 200 mil, que serão investidos em bolsas de pesquisa e outros custos necessários para desenvolver seu mais novo projeto, que alia as tecnologias de realidade virtual, educação e saúde. “Queremos desenvolver simuladores nos quais toda equipe de profissionais da área de saúde possa treinar técnicas que, às vezes, não puderam ser aprendidas durante a faculdade, por exemplo. Isso foi algo que nós sentimos durante nossa graduação, quando não havia laboratório de biologia molecular para treinar técnicas de DNA, ou quando faltavam alguns reagentes que eram muito caros”, relata Tâmara. “Eu, por exemplo, queria estudar mais a área de perícia criminal algum tempo atrás, mas isso não existia onde eu fazia meu curso”, completa.

 

A ideia, no entanto, é ampliar o uso da realidade virtual para diversas áreas, que ultrapassam a educação e treinamento de equipes de saúde. “Mais à frente, o projeto dando certo, o que a gente quer é utilizá-lo não apenas para o treinamento de equipes médicas, mas também para a reabilitação de pessoas”, destaca a biomédica. Atualmente, elas já estão desenvolvendo um simulador para o tratamento de algumas fobias, como o medo de altura, alguns insetos e aviões. “São planos para o futuro, mas que são possíveis de sonhar com a vastidão de usos que podemos dar à essas tecnologias”.

 

A empresa ficará incubada na Universidade Tiradentes, em Aracaju, no Tiradentes Innovation Center, e o projeto será desenvolvido em parceria com o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), uma das unidades do ISD em Macaíba, onde o gerente da unidade, Edgard Morya, será o estimulador do projeto. “O trabalho delas revela as várias possibilidades de caminho que os pesquisadores e cientistas podem seguir. Elas adquiriram o conhecimento, desenvolveram projetos e estão levando para a sociedade, e o impacto disso é muito positivo para a ciência brasileira. É importante que mais projetos possam ser estimulados para que essas ideias se multipliquem e atinjam cada vez mais pessoas”, afirma Morya.

 

“Hoje em dia, a profissão de cientista é fundamental e precisa ser mais valorizada pela sociedade e pelo mercado. Uma das coisas que eu e minha irmã falamos ao entrar no mestrado para nosso orientador é que nós gostávamos muito de Neuroengenharia, mas não queríamos sair daqui apenas com um artigo publicado. Queríamos sair com uma empresa para poder fomentar cada vez mais esse ecossistema de geração de conhecimento e ampliação do alcance dessas informações e tecnologias”, completa Tâmara.

Texto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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