Pediatra ensina como identificar doenças comuns entre as crianças no verão

Publicado em 22 de dezembro de 2021

O verão começou oficialmente no Brasil neste dia 21 de dezembro. As temperaturas mais altas, aliadas às férias escolares, fazem com que as crianças passem mais tempo fora de casa aproveitando as praias, parques públicos e atividades diversas ao ar livre. É nessa época do ano que explode o número de casos de doenças sazonais, entre elas a gripe. Como ainda estamos em um período pandêmico, no qual sintomas da covid-19 podem se confundir com uma síndrome gripal, o preceptor médico pediatra do Instituto Santos Dumont (ISD), Ruy Medeiros, ensina como identificar doenças comuns entre as crianças no verão.

 

“Entre as infecções que podem ocorrer em crianças, as principais delas nesse período do ano são as mais prevalentes na infância em geral. São as infecções de vias aéreas superiores, os resfriados e as gripes; e as infecções gastrointestinais, que são as diarreias e os vômitos. Isso acontece em virtude da sazonalidade das doenças e do convívio entre as crianças, por estarem em período de férias”, ressalta o pediatra. Como medida de prevenção dessas doenças, Ruy Medeiros destaca que as mais comuns, tão disseminadas durante a pandemia, são as mais efetivas.

 

As crianças a partir dos cinco anos de idade devem ser estimuladas a fazer o uso da máscara, além de manter as mãos sempre limpas. Os alimentos devem ser lavados e guardados adequadamente para evitar infecções gastrointestinais. “Outra medida é evitar aglomerações, ambientes confinados e com muita gente. Esses locais são ideais para disseminação de doenças. Prefira ambientes mais arejados como parques, praias, playgrounds que são ambientes mais abertos”, lista Ruy Medeiros. As doenças virais comuns nessa época do ano, conforme esclarece o pediatra, são autolimitadas. Ou seja, as crianças têm alguns sintomas por dias consecutivos, que variam de intensidade. Caso avance para um caso mais grave, com ocorrência de febre, por exemplo, o pediatra deve ser procurado.

 

Um surto de gripe iniciado no Rio de Janeiro se espalhou rapidamente pelo Brasil, com a presença de uma nova linhagem, a H2N3. Os sintomas das síndromes gripais comuns no verão brasileiro acabam se confundindo, na atualidade, com os da infecção pelo novo coronavírus. Diferenciá-las só é possível a partir de testes em laboratório.

 

“Ainda hoje é difícil de se fazer uma diferença razoável dessas doenças. Os sintomas são muito parecidos e, em crianças, a covid é muito semelhante a uma gripe. Do ponto de vista clínico se torna difícil de identificar. Em crianças com sintomas mais intensos, como tosse, a gente acaba fazendo o swab para diferenciar. Esse exame é o meio que temos para diferenciar a covid de uma gripe comum. Na prática, também observamos a epidemiologia. Se há alguém na família com covid, por exemplo. Esse procedimento é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas eu sugiro que, com qualquer um dos sintomas, procure um profissional habilitado. Ele vai conseguir acompanhar o paciente e identificar a necessidade, ou não, de se fazer o teste (swab)”, relata Ruy Medeiros.

 

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) reforça a  necessidade da imunização com as vacinas contra a Covid-19 e a Influenza, disponíveis em todos os municípios. O estado distribuiu 200 mil doses da vacina contra a Influenza na semana passada para reforçar o trabalho de imunização dos potiguares. Até o momento, foram identificados 93 casos de Influenza A e 37 casos de H2N3, investigados através do Laboratório Central (LACEN). Além disso, foi detectado ainda o primeiro caso de co-infecção entre Influenza e Covid-19.

 

Desidratação

Por passarem mais tempo expostas ao sol, tomando banho de mar ou piscina e brincando com colegas, as crianças estão mais sujeitas à desidratação nos meses mais quentes do ano. Em Natal e nas cidades das regiões Seridó e Oeste do Rio Grande do Norte, os termômetros estão marcando temperaturas acima dos 30º. Conforme aponta o preceptor médico pediatra do ISD, a desidratação pode ocorrer por diversos fatores e é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas para que o correto tratamento seja feito em tempo hábil.

 

“No início, a criança fica mais molinha. A desidratação pode ocorrer por vários motivos. O mais comum é o tempo de exposição ao sol. Há crianças que apresentam diarreia, vômito, sintomas gastrointestinais. Precisamos identificar esses fatores para entender o que aconteceu. Como parâmetros clínicos, precisamos saber se a criança não está urinando, se está chorando sem lágrimas… são sinais de que a criança está desidratada. É importante evitar que isso aconteça. Não é interessante colocar crianças muito novas expostas ao sol por muito tempo. Não temos protetores solares para crianças abaixo dos seis meses de idade. O ideal é que os pais esperem até que essas crianças possam frequentar praias e piscinas, mas sempre com uso de proteção e de olho no horário, sempre evitando sol entre 10h e 15h”, afirma Ruy Medeiros.

 

Além do sol em si, fatores externos precisam ser identificados como potenciais causadores de insolação e queimaduras na pele. Os guarda-sóis de plástico, por exemplo, são um risco. “Crianças que ficam muito tempo debaixo de guarda-sol e barracas de plástico acham que estão protegidas. Mas, muitas vezes, essas barracas podem fazer um efeito estufa. Isso pode causar insolação. Prefira sempre coberturas de telhado, palha. Isso auxilia na proteção da criança. E, claro, hidratar sempre com água ou suco, conforme preferência da criança e dentro daquilo que está preconizado para ela na idade. Crianças que amamentam, que possam amamentar mais”, destaca Ruy Medeiros.

 

Brotoejas e assaduras

De acordo com o especialista, a brotoeja é uma reação da pele e é muito comum em crianças em razão do calor e exposições alérgicas. As assaduras são mais corriqueiras em regiões de dobras e que estão com maior contato com a fralda, por exemplo. O calor e a fricção do material da fralda com a pele podem causar assaduras.

 

“A gente pede que essas lesões sejam observadas, que as crianças sejam mantidas em ambientes arejados. E na intenção de proteger as crianças sempre com muitas roupas, no verão deve-se priorizar roupas mais leves. Nas crianças que usam fraldas, o uso de pomadas preventivas é indicado para evitar assaduras no futuro. Em alguns casos, os pais confundem as assaduras com lesões mais graves que necessitam de acompanhamento clínico. É necessário manter o pediatra da criança informado para fazer o tratamento adequado”, adverte o preceptor médico.

Texto:  Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Foto: Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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O verão começou oficialmente no Brasil neste dia 21 de dezembro. As temperaturas mais altas, aliadas às férias escolares, fazem com que as crianças passem mais tempo fora de casa aproveitando as praias, parques públicos e atividades diversas ao ar livre. É nessa época do ano que explode o número de casos de doenças sazonais, entre elas a gripe. Como ainda estamos em um período pandêmico, no qual sintomas da covid-19 podem se confundir com uma síndrome gripal, o preceptor médico pediatra do Instituto Santos Dumont (ISD), Ruy Medeiros, ensina como identificar doenças comuns entre as crianças no verão.

 

“Entre as infecções que podem ocorrer em crianças, as principais delas nesse período do ano são as mais prevalentes na infância em geral. São as infecções de vias aéreas superiores, os resfriados e as gripes; e as infecções gastrointestinais, que são as diarreias e os vômitos. Isso acontece em virtude da sazonalidade das doenças e do convívio entre as crianças, por estarem em período de férias”, ressalta o pediatra. Como medida de prevenção dessas doenças, Ruy Medeiros destaca que as mais comuns, tão disseminadas durante a pandemia, são as mais efetivas.

 

As crianças a partir dos cinco anos de idade devem ser estimuladas a fazer o uso da máscara, além de manter as mãos sempre limpas. Os alimentos devem ser lavados e guardados adequadamente para evitar infecções gastrointestinais. “Outra medida é evitar aglomerações, ambientes confinados e com muita gente. Esses locais são ideais para disseminação de doenças. Prefira ambientes mais arejados como parques, praias, playgrounds que são ambientes mais abertos”, lista Ruy Medeiros. As doenças virais comuns nessa época do ano, conforme esclarece o pediatra, são autolimitadas. Ou seja, as crianças têm alguns sintomas por dias consecutivos, que variam de intensidade. Caso avance para um caso mais grave, com ocorrência de febre, por exemplo, o pediatra deve ser procurado.

 

Um surto de gripe iniciado no Rio de Janeiro se espalhou rapidamente pelo Brasil, com a presença de uma nova linhagem, a H2N3. Os sintomas das síndromes gripais comuns no verão brasileiro acabam se confundindo, na atualidade, com os da infecção pelo novo coronavírus. Diferenciá-las só é possível a partir de testes em laboratório.

 

“Ainda hoje é difícil de se fazer uma diferença razoável dessas doenças. Os sintomas são muito parecidos e, em crianças, a covid é muito semelhante a uma gripe. Do ponto de vista clínico se torna difícil de identificar. Em crianças com sintomas mais intensos, como tosse, a gente acaba fazendo o swab para diferenciar. Esse exame é o meio que temos para diferenciar a covid de uma gripe comum. Na prática, também observamos a epidemiologia. Se há alguém na família com covid, por exemplo. Esse procedimento é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mas eu sugiro que, com qualquer um dos sintomas, procure um profissional habilitado. Ele vai conseguir acompanhar o paciente e identificar a necessidade, ou não, de se fazer o teste (swab)”, relata Ruy Medeiros.

 

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) reforça a  necessidade da imunização com as vacinas contra a Covid-19 e a Influenza, disponíveis em todos os municípios. O estado distribuiu 200 mil doses da vacina contra a Influenza na semana passada para reforçar o trabalho de imunização dos potiguares. Até o momento, foram identificados 93 casos de Influenza A e 37 casos de H2N3, investigados através do Laboratório Central (LACEN). Além disso, foi detectado ainda o primeiro caso de co-infecção entre Influenza e Covid-19.

 

Desidratação

Por passarem mais tempo expostas ao sol, tomando banho de mar ou piscina e brincando com colegas, as crianças estão mais sujeitas à desidratação nos meses mais quentes do ano. Em Natal e nas cidades das regiões Seridó e Oeste do Rio Grande do Norte, os termômetros estão marcando temperaturas acima dos 30º. Conforme aponta o preceptor médico pediatra do ISD, a desidratação pode ocorrer por diversos fatores e é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas para que o correto tratamento seja feito em tempo hábil.

 

“No início, a criança fica mais molinha. A desidratação pode ocorrer por vários motivos. O mais comum é o tempo de exposição ao sol. Há crianças que apresentam diarreia, vômito, sintomas gastrointestinais. Precisamos identificar esses fatores para entender o que aconteceu. Como parâmetros clínicos, precisamos saber se a criança não está urinando, se está chorando sem lágrimas… são sinais de que a criança está desidratada. É importante evitar que isso aconteça. Não é interessante colocar crianças muito novas expostas ao sol por muito tempo. Não temos protetores solares para crianças abaixo dos seis meses de idade. O ideal é que os pais esperem até que essas crianças possam frequentar praias e piscinas, mas sempre com uso de proteção e de olho no horário, sempre evitando sol entre 10h e 15h”, afirma Ruy Medeiros.

 

Além do sol em si, fatores externos precisam ser identificados como potenciais causadores de insolação e queimaduras na pele. Os guarda-sóis de plástico, por exemplo, são um risco. “Crianças que ficam muito tempo debaixo de guarda-sol e barracas de plástico acham que estão protegidas. Mas, muitas vezes, essas barracas podem fazer um efeito estufa. Isso pode causar insolação. Prefira sempre coberturas de telhado, palha. Isso auxilia na proteção da criança. E, claro, hidratar sempre com água ou suco, conforme preferência da criança e dentro daquilo que está preconizado para ela na idade. Crianças que amamentam, que possam amamentar mais”, destaca Ruy Medeiros.

 

Brotoejas e assaduras

De acordo com o especialista, a brotoeja é uma reação da pele e é muito comum em crianças em razão do calor e exposições alérgicas. As assaduras são mais corriqueiras em regiões de dobras e que estão com maior contato com a fralda, por exemplo. O calor e a fricção do material da fralda com a pele podem causar assaduras.

 

“A gente pede que essas lesões sejam observadas, que as crianças sejam mantidas em ambientes arejados. E na intenção de proteger as crianças sempre com muitas roupas, no verão deve-se priorizar roupas mais leves. Nas crianças que usam fraldas, o uso de pomadas preventivas é indicado para evitar assaduras no futuro. Em alguns casos, os pais confundem as assaduras com lesões mais graves que necessitam de acompanhamento clínico. É necessário manter o pediatra da criança informado para fazer o tratamento adequado”, adverte o preceptor médico.

Texto:  Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Foto: Ricardo Araújo / Ascom – ISD

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É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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