ISD capacita profissionais da saúde básica de Extremoz sobre epilepsia

Publicado em 30 de julho de 2021

O aprimoramento de técnicas para o correto diagnóstico e tratamento dos pacientes com epilepsia estão sendo difundidos pelo Instituto Santos Dumont (ISD). Nesta quarta-feira (28/07), seis médicos e três enfermeiras que atuam nas Unidades Básicas de Saúde de Extremoz(RN) foram capacitados por uma equipe do Serviço Multidisciplinar em Epilepsia do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (SEMEP Anita). 

 

A ideia de criar uma capacitação para esses trabalhadores surgiu a partir da identificação, pela equipe multiprofissional do Anita, da falta de alinhamento de procedimentos para o diagnóstico das pessoas com epilepsia na atenção primária. “Identificamos um vazio técnico na rede básica de saúde para a realização do correto diagnóstico e tratamento das pessoas com essa condição”, afirma Joísa Araújo, neuropsicóloga e preceptora do ISD. 

 

A epilepsia é considerada uma das doenças neurológicas mais comuns que existem e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A doença pode provocar convulsões ou crises não convulsivas, entre elas, crises de “ausência” – em que a pessoa parece “desligar” por alguns instantes, podendo retomar em seguida o que estava fazendo – e, por exemplo, sensações como distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo ou medo repentino, conforme descrição da Liga Brasileira de Epilepsia.



Na capacitação, os médicos e enfermeiros analisam casos clínicos reais e discutem a implementação de critérios de diagnóstico padronizados para a epilepsia que pode ser controlada por medicamentos e também para os quadros resistentes à medicação. Romper paradigmas relacionados à convivência com a epilepsia também faz parte dos temas abordados durante o encontro. “A epilepsia é uma condição de saúde permeada de tabus e preconceitos. Muitos pacientes temem procurar um serviço de saúde por medo de serem vítimas de preconceito. É uma questão de saúde complexa”, ressalta Joísa Araújo. 

 

No Rio Grande do Norte, o Centro Especializado em Reabilitação (CER Anita) é referência no atendimento de pacientes com epilepsia fármacorresistente, que é o quadro considerado mais grave da condição cujas drogas disponíveis no mercado não consegue controlá-la. O SEMEP conta com um corpo de profissionais da neurocirurgia, neurologia pediátrica e adulta, serviço social, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição especializada em dieta cetogênica.

 

A preceptora em Neurologia do ISD e uma das facilitadoras da capacitação, Nicelle de Morais, destaca que os profissionais de saúde da atenção básica precisam conhecer melhor o que é a epilepsia. “O principal objetivo da capacitação é acabar com o preconceito em relação à epilepsia, além de auxiliar esses profissionais a fazerem um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o mais breve possível para evitar as complicações da doença como atraso de desenvolvimento, dificuldade de conseguir emprego e outros comprometimentos que as pessoas com epilepsia podem enfrentar”, declara Nicelle de Morais.

 

Ela ressalta, ainda, que a diferenciação entre os pacientes com essa condição que podem ser tratados na Unidade Básica de Saúde daqueles que precisam recorrer ao atendimento secundário ou terciário, impacta diretamente na qualidade de vida da pessoa. 

 

Sintomas na infância

De acordo com a neurologista infantil e preceptora do ISD, Celina Reis, a epilepsia pode aparecer em qualquer faixa etária. “No recém-nascido, na lactante, na criança em idade escolar, no adolescente. Os sinais que podem ser observados são as crises, que são episódios que acontecem com um começo, com uma duração e um fim. São crises que podem ser de ausência, de parada comportamental, crises de tremores e a crise convulsiva. Existem vários tipos que podem aparecer na infância”, relata a especialista.

 

Alteração no nível de consciência, hipo ou hiperresponsividade aos estímulos ou manifestação motora estão entre os sintomas iniciais da condição de epilepsia. Há uma recorrência das crises, que não são provocadas pelo ambiente externo. Quando elas ocorrem pelo menos duas vezes em um intervalo inferior a 24 horas, pode ser considerado epilepsia.    

Texto:  Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Foto: Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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O aprimoramento de técnicas para o correto diagnóstico e tratamento dos pacientes com epilepsia estão sendo difundidos pelo Instituto Santos Dumont (ISD). Nesta quarta-feira (28/07), seis médicos e três enfermeiras que atuam nas Unidades Básicas de Saúde de Extremoz(RN) foram capacitados por uma equipe do Serviço Multidisciplinar em Epilepsia do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (SEMEP Anita). 

 

A ideia de criar uma capacitação para esses trabalhadores surgiu a partir da identificação, pela equipe multiprofissional do Anita, da falta de alinhamento de procedimentos para o diagnóstico das pessoas com epilepsia na atenção primária. “Identificamos um vazio técnico na rede básica de saúde para a realização do correto diagnóstico e tratamento das pessoas com essa condição”, afirma Joísa Araújo, neuropsicóloga e preceptora do ISD. 

 

A epilepsia é considerada uma das doenças neurológicas mais comuns que existem e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A doença pode provocar convulsões ou crises não convulsivas, entre elas, crises de “ausência” – em que a pessoa parece “desligar” por alguns instantes, podendo retomar em seguida o que estava fazendo – e, por exemplo, sensações como distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo ou medo repentino, conforme descrição da Liga Brasileira de Epilepsia.



Na capacitação, os médicos e enfermeiros analisam casos clínicos reais e discutem a implementação de critérios de diagnóstico padronizados para a epilepsia que pode ser controlada por medicamentos e também para os quadros resistentes à medicação. Romper paradigmas relacionados à convivência com a epilepsia também faz parte dos temas abordados durante o encontro. “A epilepsia é uma condição de saúde permeada de tabus e preconceitos. Muitos pacientes temem procurar um serviço de saúde por medo de serem vítimas de preconceito. É uma questão de saúde complexa”, ressalta Joísa Araújo. 

 

No Rio Grande do Norte, o Centro Especializado em Reabilitação (CER Anita) é referência no atendimento de pacientes com epilepsia fármacorresistente, que é o quadro considerado mais grave da condição cujas drogas disponíveis no mercado não consegue controlá-la. O SEMEP conta com um corpo de profissionais da neurocirurgia, neurologia pediátrica e adulta, serviço social, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição especializada em dieta cetogênica.

 

A preceptora em Neurologia do ISD e uma das facilitadoras da capacitação, Nicelle de Morais, destaca que os profissionais de saúde da atenção básica precisam conhecer melhor o que é a epilepsia. “O principal objetivo da capacitação é acabar com o preconceito em relação à epilepsia, além de auxiliar esses profissionais a fazerem um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o mais breve possível para evitar as complicações da doença como atraso de desenvolvimento, dificuldade de conseguir emprego e outros comprometimentos que as pessoas com epilepsia podem enfrentar”, declara Nicelle de Morais.

 

Ela ressalta, ainda, que a diferenciação entre os pacientes com essa condição que podem ser tratados na Unidade Básica de Saúde daqueles que precisam recorrer ao atendimento secundário ou terciário, impacta diretamente na qualidade de vida da pessoa. 

 

Sintomas na infância

De acordo com a neurologista infantil e preceptora do ISD, Celina Reis, a epilepsia pode aparecer em qualquer faixa etária. “No recém-nascido, na lactante, na criança em idade escolar, no adolescente. Os sinais que podem ser observados são as crises, que são episódios que acontecem com um começo, com uma duração e um fim. São crises que podem ser de ausência, de parada comportamental, crises de tremores e a crise convulsiva. Existem vários tipos que podem aparecer na infância”, relata a especialista.

 

Alteração no nível de consciência, hipo ou hiperresponsividade aos estímulos ou manifestação motora estão entre os sintomas iniciais da condição de epilepsia. Há uma recorrência das crises, que não são provocadas pelo ambiente externo. Quando elas ocorrem pelo menos duas vezes em um intervalo inferior a 24 horas, pode ser considerado epilepsia.    

Texto:  Ricardo Araújo / Ascom – ISD

Foto: Ricardo Araújo / Ascom – ISD

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