Destaques do primeiro ano de atividades da Equoterapia Potiguar

Publicado em 15 de janeiro de 2018

Completando um ano de atividade em janeiro de 2018, a Equoterapia Potiguar conseguiu uma importante conquista ao oferecer a terapia com cavalos como complemento ao tratamento disponibilizado pelo Serviço Multidisciplinar de Atenção ao Transtorno do Espectro do Autismo (SEMEA), em Macaíba (RN).

Ao longo do ano, 12 pacientes, na faixa de 04 a 11 anos, foram acompanhados nesse projeto oferecido pelo Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (CEPS), em parceria com a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A equipe multiprofissional do CEPS, que acompanha os praticantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), destaca os principais aspectos de evolução nesse primeiro ano de atividades.

Equipe do ISD e UFRN na inauguração do projeto, em janeiro de 2017
Explicação para pacientes e pais sobre o funcionamento da Equoterapia Potiguar

De acordo com Samantha Maranhão, neuropsicóloga e preceptora multiprofissional do CEPS, de uma forma geral todos os praticantes obtiveram considerável evolução clínica. A análise de pré e pós intervenção do ano de 2017 indica, por exemplo, que os itens reciprocidade social, consciência corporal e coordenação motora ampla demonstraram, cada um, 70% de avanços clínicos e os itens aceitação de novas rotinas e concentração, 60%. Já as habilidades de autonomia e autoestima evoluíram cerca de 40%, cada uma, entre as crianças acompanhadas pelos profissionais do projeto.

 

Oportunidade de prática para graduandos e residentes

 

A Equoterapia Potiguar também é um cenário de prática para alunos de graduação e residentes das áreas da saúde. Durante os encontros, eles tiveram a oportunidade de adquirir conhecimentos desejáveis no contexto da equoterapia para crianças com TEA, entre os quais: domínio de técnicas da habilitação motora e intelectual, assim como da marcha do cavalo e dos encilhamentos adequados; e compreensão de assuntos que frequentemente geram dúvidas nos pais.

Samantha reforça a importância de se oferecer essa oportunidade para alunos em formação: “A equoterapia é uma modalidade de terapia assistida por animais pouco difundida nos currículos de graduação e pós-graduação no país. Além de ser algo diferenciado para as crianças em tratamento, esse cenário é importante também para os graduandos e residentes, que têm a chance de vivenciar a prática de um ambiente clínico interprofissional”. Em 2017, o projeto recebeu alunos da UFRN dos cursos de fisioterapia, psicologia, medicina, enfermagem e serviço social.

Reunião da equipe da Equoterapia Potiguar e graduandos da UFRN
Equipe, pacientes e graduandos durante comemoração dos festejos juninos

 

Autonomia para participar de competições de hipismo

 

Após seis meses de intervenção, dois praticantes migraram da modalidade de educação/reeducação para a pré-esportiva. Em dezembro de 2017, Ian Dantas, de 9 anos, e Miguel Ferreira, de 11, participaram de uma competição organizada pela Federação norte- rio-grandense de Hipismo, em que estiveram alunos da Hípica do Jiqui Country Club (RN) e convidados. O grande diferencial da competição é a total autonomia na condução do cavalo. Nesse contexto, o auxiliar-guia e os mediadores terapêuticos presentes na Equoterapia Potiguar saem de cena e os praticantes aplicam exercícios específicos de hipismo.

Equipe do CEPS com pacientes do SEMEA. Foto: Edgard Morya
Competição de hipismo em dezembro. Foto: Edgard Morya

Esse processo auxilia na aquisição de autonomia e a criança passa a compreender melhor o quanto precisa estar envolvida nos processos que vivencia. Samantha Maranhão explica que a autonomia e a noção de responsabilidade resultam no aumento da autoestima que, por sua vez, interfere diretamente na maneira com a qual a criança se relaciona com o mundo: “Os pais relataram que observaram seus filhos mais seguros de si para iniciar e manter interações e também notaram um maior nível de concentração durante a realização de atividades escolares, por exemplo”, comemora a equipe da Equoterapia Potiguar.

“O ano de 2017 foi muito especial para o SEMEA, porque a equoterapia é uma prática inovadora tanto no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para o autismo, quanto no do ensino de graduação da Região Nordeste. Nossa equipe aprendeu bastante com todo o processo nesse primeiro ano de atividades e terminou fortalecida para iniciar 2018 com a ampliação das ações que geraram tantos benefícios aos usuários do CEPS.”
Samantha Maranhão
Neuropsicóloga e preceptora multiprofissional CEPS

A Intertv Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, fez uma reportagem sobre a Equoterapia Potiguar em novembro de 2017, que pode ser vista AQUI.

Bastidores das gravações para reportagem na Intertv Cabugi. Clique na imagem para assitir ao vídeo

Texto: Ariane Mondo / Ascom – ISD

Fotos: Ariane Mondo / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

Organização Social que mantém vínculo com o Ministério da Educação (MEC) e cuja missão é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão e contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
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Ao longo do ano, 12 pacientes, na faixa de 04 a 11 anos, foram acompanhados nesse projeto oferecido pelo Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (CEPS), em parceria com a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A equipe multiprofissional do CEPS, que acompanha os praticantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), destaca os principais aspectos de evolução nesse primeiro ano de atividades.

Equipe do ISD e UFRN na inauguração do projeto, em janeiro de 2017
Explicação para pacientes e pais sobre o funcionamento da Equoterapia Potiguar

De acordo com Samantha Maranhão, neuropsicóloga e preceptora multiprofissional do CEPS, de uma forma geral todos os praticantes obtiveram considerável evolução clínica. A análise de pré e pós intervenção do ano de 2017 indica, por exemplo, que os itens reciprocidade social, consciência corporal e coordenação motora ampla demonstraram, cada um, 70% de avanços clínicos e os itens aceitação de novas rotinas e concentração, 60%. Já as habilidades de autonomia e autoestima evoluíram cerca de 40%, cada uma, entre as crianças acompanhadas pelos profissionais do projeto.

 

Oportunidade de prática para graduandos e residentes

 

A Equoterapia Potiguar também é um cenário de prática para alunos de graduação e residentes das áreas da saúde. Durante os encontros, eles tiveram a oportunidade de adquirir conhecimentos desejáveis no contexto da equoterapia para crianças com TEA, entre os quais: domínio de técnicas da habilitação motora e intelectual, assim como da marcha do cavalo e dos encilhamentos adequados; e compreensão de assuntos que frequentemente geram dúvidas nos pais.

Samantha reforça a importância de se oferecer essa oportunidade para alunos em formação: “A equoterapia é uma modalidade de terapia assistida por animais pouco difundida nos currículos de graduação e pós-graduação no país. Além de ser algo diferenciado para as crianças em tratamento, esse cenário é importante também para os graduandos e residentes, que têm a chance de vivenciar a prática de um ambiente clínico interprofissional”. Em 2017, o projeto recebeu alunos da UFRN dos cursos de fisioterapia, psicologia, medicina, enfermagem e serviço social.

Reunião da equipe da Equoterapia Potiguar e graduandos da UFRN
Equipe, pacientes e graduandos durante comemoração dos festejos juninos

 

Autonomia para participar de competições de hipismo

 

Após seis meses de intervenção, dois praticantes migraram da modalidade de educação/reeducação para a pré-esportiva. Em dezembro de 2017, Ian Dantas, de 9 anos, e Miguel Ferreira, de 11, participaram de uma competição organizada pela Federação norte- rio-grandense de Hipismo, em que estiveram alunos da Hípica do Jiqui Country Club (RN) e convidados. O grande diferencial da competição é a total autonomia na condução do cavalo. Nesse contexto, o auxiliar-guia e os mediadores terapêuticos presentes na Equoterapia Potiguar saem de cena e os praticantes aplicam exercícios específicos de hipismo.

Equipe do CEPS com pacientes do SEMEA. Foto: Edgard Morya
Competição de hipismo em dezembro. Foto: Edgard Morya

Esse processo auxilia na aquisição de autonomia e a criança passa a compreender melhor o quanto precisa estar envolvida nos processos que vivencia. Samantha Maranhão explica que a autonomia e a noção de responsabilidade resultam no aumento da autoestima que, por sua vez, interfere diretamente na maneira com a qual a criança se relaciona com o mundo: “Os pais relataram que observaram seus filhos mais seguros de si para iniciar e manter interações e também notaram um maior nível de concentração durante a realização de atividades escolares, por exemplo”, comemora a equipe da Equoterapia Potiguar.

“O ano de 2017 foi muito especial para o SEMEA, porque a equoterapia é uma prática inovadora tanto no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para o autismo, quanto no do ensino de graduação da Região Nordeste. Nossa equipe aprendeu bastante com todo o processo nesse primeiro ano de atividades e terminou fortalecida para iniciar 2018 com a ampliação das ações que geraram tantos benefícios aos usuários do CEPS.”
Samantha Maranhão
Neuropsicóloga e preceptora multiprofissional CEPS

A Intertv Cabugi, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, fez uma reportagem sobre a Equoterapia Potiguar em novembro de 2017, que pode ser vista AQUI.

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Texto: Ariane Mondo / Ascom – ISD

Fotos: Ariane Mondo / Ascom – ISD

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