ISD retoma parceria com Escola Agrícola de Jundiaí para uso da equoterapia em pacientes

Publicado em 3 de setembro de 2021

Estimulação da sensibilidade tátil, visual e auditiva, melhora do equilíbrio, desenvolvimento da coordenação motora e da percepção dos movimentos são alguns dos benefícios da Equoterapia, tratamento alternativo com o auxílio de cavalos. Desde 2017, o Instituto Santos Dumont (ISD) realiza esse tipo de abordagem no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e retoma a parceria, interrompida em razão da pandemia, com a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) para ampliação da equoterapia junto aos usuários do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita). 

Cerca de 20 crianças com autismo assistidas pelo Anita já passaram pela equoterapia desde o início do serviço. Com a retomada da parceria, o objetivo é ampliar o tratamento para abranger pacientes de outras especialidades, como Doença de Parkinson e Neurodesenvolvimento. “A equoterapia é uma terapia complementar que não substitui outras intervenções terapêuticas e educacionais, mas que traz ganhos clínicos a nível físico e psíquico, como desenvolvimento da força muscular, relaxamento e consciência corporal”, explica a preceptora multiprofissional neuropsicóloga do ISD, Samantha Maranhão. 

Na parceria, a Escola Agrícola de Jundiaí, que é uma unidade acadêmica especializada em Ciências Agrárias, oferece o espaço físico, os cuidados com os animais e um profissional da equitação. O Anita insere os usuários em reabilitação. “É muito interessante integrar as habilidades do animal em prol do ser humano, do paciente. Além disso, retomar a parceria com o ISD é importante porque os animais estão sentindo falta do convívio, da rotina de contato com os pacientes”, disse o professor e coordenador do curso técnico em Agropecuária da EAJ, Mário Cardoso. 

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final “desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima”, contou o presidente da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE), Jorge Dornelles, em visita às instalações do Anita nesta semana. “É uma modalidade terapêutica que demonstra melhora em cada vez mais patologias”, completa. 

Ampliação 

O Rio Grande do Norte recebe, nesta semana, o primeiro Curso de Capacitação e Nivelamento de Equipe Técnica dentro do Projeto de Pesquisa ‘Comunicar com Equoterapia – Efeito da Equoterapia na reabilitação de pessoas com transtorno do espectro autista’. A partir deste curso, que será realizado até o próximo sábado (4), o ISD amplia o número de profissionais capacitados para a reabilitação utilizando a equoterapia. O número salta de 2 para 10 profissionais que vão inserir a terapia em outras especialidades de reabilitação além do autismo, como Parkinson e outros transtornos do neurodesenvolvimento. 

Preceptores mu7ltiprofissionais e residentes do Anita participam de capacitação em Equoterapia.
Foto: Cedida

Para a preceptora multiprofissional fonoaudióloga, Luana Aprígio, uma das profissionais que participa do curso, o trabalho transdisciplinar proporcionado pela equoterapia pode potencializar os resultados na reabilitação. “No curso, estamos aprofundando o conhecimento técnico sobre a equoterapia e como aplicá-la em prol das pessoas com deficiência. O cavalo é um animal de grande porte que além de todo o potencial terapêutico envolvido relacionado ao seu movimento traz, por exemplo, a melhora da autoestima do praticante que diante de tantas limitações se empodera ao perceber que pode conduzir um cavalo”, relata. 

Pesquisa 

A equoterapia na reabilitação também apresenta perspectivas de desenvolvimento de pesquisas na área, envolvendo os benefícios neurológicos desse tipo de terapia. “O mapeamento neuronal com eletroencefalograma enquanto a criança está na montaria pode mostrar cientificamente o que acontece no cérebro daquele paciente com autismo, por exemplo. É uma possibilidade promissora de pesquisa envolvendo neurociência e saúde”, disse a neuropsicóloga Samantha Maranhão. 

Sobre o ISD

O Instituto Santos Dumont é uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

Texto:  Kamila Tuenia / Ascom – ISD

Foto: Kamila Tuenia  / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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Estimulação da sensibilidade tátil, visual e auditiva, melhora do equilíbrio, desenvolvimento da coordenação motora e da percepção dos movimentos são alguns dos benefícios da Equoterapia, tratamento alternativo com o auxílio de cavalos. Desde 2017, o Instituto Santos Dumont (ISD) realiza esse tipo de abordagem no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e retoma a parceria, interrompida em razão da pandemia, com a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) para ampliação da equoterapia junto aos usuários do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita). 

Cerca de 20 crianças com autismo assistidas pelo Anita já passaram pela equoterapia desde o início do serviço. Com a retomada da parceria, o objetivo é ampliar o tratamento para abranger pacientes de outras especialidades, como Doença de Parkinson e Neurodesenvolvimento. “A equoterapia é uma terapia complementar que não substitui outras intervenções terapêuticas e educacionais, mas que traz ganhos clínicos a nível físico e psíquico, como desenvolvimento da força muscular, relaxamento e consciência corporal”, explica a preceptora multiprofissional neuropsicóloga do ISD, Samantha Maranhão. 

Na parceria, a Escola Agrícola de Jundiaí, que é uma unidade acadêmica especializada em Ciências Agrárias, oferece o espaço físico, os cuidados com os animais e um profissional da equitação. O Anita insere os usuários em reabilitação. “É muito interessante integrar as habilidades do animal em prol do ser humano, do paciente. Além disso, retomar a parceria com o ISD é importante porque os animais estão sentindo falta do convívio, da rotina de contato com os pacientes”, disse o professor e coordenador do curso técnico em Agropecuária da EAJ, Mário Cardoso. 

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final “desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima”, contou o presidente da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE), Jorge Dornelles, em visita às instalações do Anita nesta semana. “É uma modalidade terapêutica que demonstra melhora em cada vez mais patologias”, completa. 

Ampliação 

O Rio Grande do Norte recebe, nesta semana, o primeiro Curso de Capacitação e Nivelamento de Equipe Técnica dentro do Projeto de Pesquisa ‘Comunicar com Equoterapia – Efeito da Equoterapia na reabilitação de pessoas com transtorno do espectro autista’. A partir deste curso, que será realizado até o próximo sábado (4), o ISD amplia o número de profissionais capacitados para a reabilitação utilizando a equoterapia. O número salta de 2 para 10 profissionais que vão inserir a terapia em outras especialidades de reabilitação além do autismo, como Parkinson e outros transtornos do neurodesenvolvimento. 

Preceptores mu7ltiprofissionais e residentes do Anita participam de capacitação em Equoterapia.
Foto: Cedida

Para a preceptora multiprofissional fonoaudióloga, Luana Aprígio, uma das profissionais que participa do curso, o trabalho transdisciplinar proporcionado pela equoterapia pode potencializar os resultados na reabilitação. “No curso, estamos aprofundando o conhecimento técnico sobre a equoterapia e como aplicá-la em prol das pessoas com deficiência. O cavalo é um animal de grande porte que além de todo o potencial terapêutico envolvido relacionado ao seu movimento traz, por exemplo, a melhora da autoestima do praticante que diante de tantas limitações se empodera ao perceber que pode conduzir um cavalo”, relata. 

Pesquisa 

A equoterapia na reabilitação também apresenta perspectivas de desenvolvimento de pesquisas na área, envolvendo os benefícios neurológicos desse tipo de terapia. “O mapeamento neuronal com eletroencefalograma enquanto a criança está na montaria pode mostrar cientificamente o que acontece no cérebro daquele paciente com autismo, por exemplo. É uma possibilidade promissora de pesquisa envolvendo neurociência e saúde”, disse a neuropsicóloga Samantha Maranhão. 

Sobre o ISD

O Instituto Santos Dumont é uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

Texto:  Kamila Tuenia / Ascom – ISD

Foto: Kamila Tuenia  / Ascom – ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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