Integração sensorial: conheça a técnica que auxilia a interagir com os estímulos externos

Preceptora do ISD na sala de integração sensorial com usuário.
Publicado em 20 de março de 2023

Dificuldade ou sensibilidade excessiva ao perceber e interagir com aspectos como frio, calor, sons ou texturas, ausência de equilíbrio e dificuldade em atividades motoras: essas são algumas das características que, quando presentes de forma alterada, podem indicar transtornos no processamento sensorial. Frequentemente, alterações desse tipo atravessam o cotidiano e atividades essenciais do dia a dia e representam um obstáculo para a autonomia. Nesse contexto, a terapia ocupacional surge como uma solução para restaurar a funcionalidade de pessoas que não se sentem totalmente conectadas com os estímulos sensoriais do mundo ao seu redor. Uma das respostas é a abordagem da integração sensorial.

 

A integração sensorial, uma das diversas técnicas aplicadas na terapia ocupacional, teve início na década de 1970, com a terapeuta ocupacional Jean Ayres. A profissional foi creditada pela descoberta e criação de métodos terapêuticos para avaliação e intervenção de déficits sensoriais. A integração sensorial se define, com base nos estudos de Jean Ayres, como o “processo de organizar informações sensoriais no cérebro para promover respostas adaptativas”.

 

Algumas das técnicas aplicadas dentro da integração sensorial incluem a modulação sensorial, a adaptação e interação de pessoas com o ambiente e a aplicação de estratégias que provoquem a resposta automática do corpo. As preceptoras terapeutas ocupacionais do Instituto Santos Dumont (ISD), Jardany Barros e Thays Brígido, explicam que o trabalho desenvolvido dentro da integração põe em prática uma forma efetiva de habilitar ou reabilitar a funcionalidade e autonomia do indivíduo.

 

“A pessoa com transtorno no processamento sensorial vive sem conseguir processar os sentidos de forma adequada. Por esse motivo, não ofertam respostas adaptativas, podem balançar as mãos, tapar os ouvidos, fazer barulhos, recusar comidas ou roupas, por exemplo, e não conseguem exercer suas atividades diárias. A integração sensorial utiliza de equipamentos e do raciocínio clínico para fazer com que esses sentidos sejam integrados e o indivíduo consiga processá-los de forma adequada e assim seja um indivíduo com autonomia e funcionalidade”, explica Jardany. 

 

O principal objetivo da integração sensorial é fazer com que ela seja, de fato, funcional. As preceptoras do ISD ressaltam que a integração por si só não dá alta a um usuário e, por isso, é  essencial a participação da família, escola e comunidade no processo de habilitação ou reabilitação.

 

“Nós trabalhamos para que as pessoas não precisem mais de nós, para que não dependam da sala de integração. É preciso ensinar a pegar um ônibus, incentivar a ir para a praia e entrar no mar, a estar ocupando um espaço público. Para poder habilitar qualquer indivíduo, é preciso saber que a integração é só uma ferramenta, muitas vezes coadjuvante nesse processo”, reforça a preceptora terapeuta ocupacional Jardany Barros. 

 

Segundo a preceptora Thays Brígido, a integração sensorial tem um papel bem definido, sendo formada por um conjunto de atividades que devem ser feitas pelos profissionais, na sala de integração, com o objetivo de impulsionar as potencialidades de cada pessoa, mas não criar uma relação de dependência com a sala de integração. 

 

“O trabalho que fazemos com a família é de orientação, de trazer adaptações e estratégias que facilitem o cotidiano e incentivem o contato de pessoas com transtornos sensoriais com o mundo. O processo de avaliação inicial leva em consideração a individualidade de cada pessoa, para descobrirmos não só quais são as dificuldades, mas também os pontos fortes de cada um”, explica Thays Brígido. 

 

Como funciona a integração sensorial?

A integração sensorial é um método escolhido de acordo com o plano terapêutico individual de cada usuário, assim como outras aplicações na terapia ocupacional. A preceptora Thays Brígido explica que, a depender dos sintomas sensoriais apresentados como queixa, o (a) terapeuta ocupacional responsável define quais atividades e estratégias podem ser trabalhadas junto com a família para melhor suprir as necessidades individuais do usuário.

 

Texto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

Foto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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Preceptora do ISD na sala de integração sensorial com usuário.

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A integração sensorial, uma das diversas técnicas aplicadas na terapia ocupacional, teve início na década de 1970, com a terapeuta ocupacional Jean Ayres. A profissional foi creditada pela descoberta e criação de métodos terapêuticos para avaliação e intervenção de déficits sensoriais. A integração sensorial se define, com base nos estudos de Jean Ayres, como o “processo de organizar informações sensoriais no cérebro para promover respostas adaptativas”.

 

Algumas das técnicas aplicadas dentro da integração sensorial incluem a modulação sensorial, a adaptação e interação de pessoas com o ambiente e a aplicação de estratégias que provoquem a resposta automática do corpo. As preceptoras terapeutas ocupacionais do Instituto Santos Dumont (ISD), Jardany Barros e Thays Brígido, explicam que o trabalho desenvolvido dentro da integração põe em prática uma forma efetiva de habilitar ou reabilitar a funcionalidade e autonomia do indivíduo.

 

“A pessoa com transtorno no processamento sensorial vive sem conseguir processar os sentidos de forma adequada. Por esse motivo, não ofertam respostas adaptativas, podem balançar as mãos, tapar os ouvidos, fazer barulhos, recusar comidas ou roupas, por exemplo, e não conseguem exercer suas atividades diárias. A integração sensorial utiliza de equipamentos e do raciocínio clínico para fazer com que esses sentidos sejam integrados e o indivíduo consiga processá-los de forma adequada e assim seja um indivíduo com autonomia e funcionalidade”, explica Jardany. 

 

O principal objetivo da integração sensorial é fazer com que ela seja, de fato, funcional. As preceptoras do ISD ressaltam que a integração por si só não dá alta a um usuário e, por isso, é  essencial a participação da família, escola e comunidade no processo de habilitação ou reabilitação.

 

“Nós trabalhamos para que as pessoas não precisem mais de nós, para que não dependam da sala de integração. É preciso ensinar a pegar um ônibus, incentivar a ir para a praia e entrar no mar, a estar ocupando um espaço público. Para poder habilitar qualquer indivíduo, é preciso saber que a integração é só uma ferramenta, muitas vezes coadjuvante nesse processo”, reforça a preceptora terapeuta ocupacional Jardany Barros. 

 

Segundo a preceptora Thays Brígido, a integração sensorial tem um papel bem definido, sendo formada por um conjunto de atividades que devem ser feitas pelos profissionais, na sala de integração, com o objetivo de impulsionar as potencialidades de cada pessoa, mas não criar uma relação de dependência com a sala de integração. 

 

“O trabalho que fazemos com a família é de orientação, de trazer adaptações e estratégias que facilitem o cotidiano e incentivem o contato de pessoas com transtornos sensoriais com o mundo. O processo de avaliação inicial leva em consideração a individualidade de cada pessoa, para descobrirmos não só quais são as dificuldades, mas também os pontos fortes de cada um”, explica Thays Brígido. 

 

Como funciona a integração sensorial?

A integração sensorial é um método escolhido de acordo com o plano terapêutico individual de cada usuário, assim como outras aplicações na terapia ocupacional. A preceptora Thays Brígido explica que, a depender dos sintomas sensoriais apresentados como queixa, o (a) terapeuta ocupacional responsável define quais atividades e estratégias podem ser trabalhadas junto com a família para melhor suprir as necessidades individuais do usuário.

 

Texto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

Foto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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