Segundo Sarah, a metodologia utilizada, a Tradução do Conhecimento, permite caracterizar o que é a brincadeira, estimulando a comunidade e a escola a unirem o ato de brincar à tradição quilombola. A pesquisa passa pelo questionário com pais e responsáveis, observação das crianças e caracterização do contexto geracional, retornando para a escola uma base de como as brincadeiras podem ser aplicadas para estimular o aprendizado e desenvolvimento.
A vivência da pesquisa qualitativa é, para Sarah, desafiadora, mas fundamental, por existir o contato direto com o dia-a-dia e o desenvolvimento das pessoas da comunidade de Capoeiras. “A ciência produzida na comunidade é um dos tipos mais complicados e importantes. Um grande desafio das ciências humanas e sociais, uma grande responsabilidade, é lidar diretamente com a vida das pessoas, com a comunidade. Envolve uma necessidade de adequação, de competência cultural, de sair da lente que a gente usa normalmente e perceber pela lente do outro”, pontua.